Candidato
à reeleição, prefeito do Recife já conta com 11 legendas na sua base e PSB quer
chegar a 16 partidos
Alianças de 2012 e 2014 foram amarradas por Eduardo Campos e
culminaram na vitória de Geraldo Julio e Paulo Câmara
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O
prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), trabalha para ampliar neste ano a base
eleitoral que o elegeu em 2012. A Frente Popular quer chegar a 16 partidos. Em
2012, o PSB conseguiu angariar mais 13 partidos, fechando a chapa com 14
siglas. Ao longo da gestão, Geraldo fez um esforço para atrair legendas da
oposição, como DEM e PSDB, mas não foi o suficiente para evitar o lançamento de
candidaturas próprias dessas siglas, concorrendo com ele. São partidos que
estiveram na Frente Popular em 2014, apoiando Paulo Câmara, mas que foram
convidados a deixar o governo em razão da priorização do PSB na reeleição de
Geraldo.
Para
este ano, já estão firmadas alianças com 11 legendas (PSD, PR, PMDB, PDT, PTC,
PRTB, PSDC, PMB, PEN, PPL e SD). Nos bastidores, o PSB conversa ainda com a
Rede, PPS, PP e PROS, além de ainda tentar fechar questão com a atual sigla do
seu vice, Luciano Siqueira, o PCdoB.
Das
legendas que caminham com o prefeito desde 2012, PSD e PDT são os dois casos de
partidos com relativa força no cenário nacional, mas que não repetem o mesmo
destaque no plano local. Nesses últimos quase quatro anos, quem ganhou relevo
na aliança foi o PMDB, do vice-governador Raul Henry e do deputado Jarbas
Vasconcelos.
O
PV, que também estava com Geraldo em 2012, deve lançar candidato próprio.
Carlos Augusto Costa faz suas movimentações em prol da sua candidatura. O PTB,
comandado pelo senador Armando Monteiro Neto, partiu para a oposição em 2014 e
deve aliar-se ao PT ou ao PRB, que têm como pré-candidatos os nomes de João
Paulo e Silvio Costa Filho, respectivamente.
As
legendas que embarcam na Frente Popular este ano são em sua maioria pequenas:
PRTB, PSDC, PMB, PEN, Solidariedade (SD) e PPL. Dessas, Solidariedade e PMB
surgiram após a eleição de 2012. Criado em 2013, o SD já esteve na base aliada
de Paulo Câmara em 2014. Já o PMB surgiu este ano.
Procurado,
o presidente do PSB-PE, Sileno Guedes, não comentou o andamento das alianças
este ano. Ele não foi localizado pela assessoria de imprensa da legenda nem
retornou as ligações e mensagens da reportagem.
Situação
semelhante vive o PROS, criado em setembro de 2013. No ano seguinte, esteve
aliado a Paulo Câmara e agora deve garantir o apoio a Geraldo. “A tendência é
caminhar com Geraldo. Mas a decisão ainda será fechada no partido, não só sobre
o Recife, mas também sobre outros municípios”, disse o presidente do PROS-PE,
Gilson Lima.
No
PPS, as conversas estão bem adiantadas. As duas legendas procuram uma data para
fazer o anúncio. O partido é um reforço para o PSB, principalmente por
desfalcar um dos principais adversários dos socialistas, o PSDB, que teve o PPS
na vice em 2012. “O PPS já fez oposição a Geraldo Julio, mas o momento nacional
mudou completamente e houve uma mudança no eixo político”, justifica o
presidente do diretório do partido no Recife, Claudio Carraly. Ele lembrou,
ainda, que o PPS foi uma das primeiras legendas a apoiar nacionalmente a
candidatura de Eduardo Campos à Presidência e os dois partidos chegaram a
conversar para uma fusão. “Foi uma oposição qualificada. Existem esses
antagonismos que podem convergir. Isso é política na essência”, acrescentou.
Na
Rede, as conversas também estão avançadas. “Estamos em um processo de
afunilamento com o PSB”, disse o porta-voz da Rede no Estado, Roberto Leandro.
Ele já esteve em uma reunião com Geraldo para tratar da aliança, em que
apresentou os pontos programáticos do partido. “Há uma possibilidade, em função
da aliança nacional”, pontuou.
Mesmo
que alcance as 16 siglas, a Frente Popular ainda será inferior à que elegeu
Paulo Câmara, que somou 21 legendas. As principais baixas serão o PSDB e o DEM,
que foram afastados do governo porque disputarão a Prefeitura do Recife; o DEM
com Priscila Krause e o PSDB com Daniel Coelho.
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